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Homem com cancro no rim e no intestino faleceu depois de em seis meses não ter conseguido operação. Hospitais envolvidos podem ser multados até 45 mil euros.
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Um doente oncológico faleceu depois de não conseguir uma intervenção cirúrgica prioritária.
Quer o Hospital Agostinho Ribeiro, em Felgueiras, quer o Centro Hospitalar de Trás os Montes, em Vila Real, garantiram a operação que não foi realizada. Após seis meses à espera, o doente acabou por falecer.
O Hospital de Felgueiras aceitou um “vale de cirurgia” emitido pelo Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, mas mais tarde, admitiu não ter condições para realizar a operação.
A notícia é avançada esta terça-feira pelo Jornal de Notícias.
Segundo aquela publicação, “entre a readmissão no hospital de origem, a emissão de um novo vale cirurgia e consultas de acompanhamento, um doente com cancro no rim e intestino acabou por falecer na Unidade de Cuidados Paliativos de Vila Pouca do Aguiar, em setembro de 2021, sem nunca ter sido submetido a cirurgia”.
Escreve o JN, que o doente estava inscrito no Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, num nível prioritário, começando por ser seguido no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, em abril de 2021. Acabou por ser transferido, a 7 de junho de 2021, para o Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Felgueiras, depois de o estabelecimento aceitar o seu vale cirurgia, atribuído a 23 de maio.
Seis dias depois de o aceitar para cirurgia, a unidade hospitalar disse faltarem condições e “cuidados especiais” para seguir com o procedimento, acrescenta o JN.
A Entidade Reguladora de Saúde pode aplicar à Santa Casa da Misericórdia de Felgueiras, proprietária do Hospital Agostinho Ribeiro, e ao Centro Hospitalar de Vila Real, o pagamento de contraordenações (por alegada violação das regras relativas ao acesso aos cuidados de saúde e ao cumprimento dos prazos), entre os mil e os 45 mil euros.
O FD pediu uma reação ao Hospital Agostinho Ribeiro que adiantou que no processo da ERS “é evidente que o Hospital Agostinho Ribeiro, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Felgueiras, cumpriu com o Tempo Máximo de Resposta estabelecido no regulamento em vigor para o SIGIC”.
A mesma fonte disse que “lamenta o sucedido” e esclarece que colaborou com a ERS no desenvolvimento do processo “como de costume”.