





Situado na Casa do Assento, outrora propriedade de Américo Ferreira Leite, um autodidata, estudioso e apaixonado pela história, o Museu Casa do Assento, agora propriedade do Municipio de Felgueiras, abriu as suas portas ao público este domingo.
A inauguração contou com as presenças do presidente da Câmara e Assembleia Municipal, vereadores, presidente da Junta de Friande e Manuel Portela, amigo do fundador do Museu.
O Rancho de Santo André de Friande deu alegria ao ato inaugurado que contou com um momento de recriação histórica sobre a vida de Américo Ferreira Leite.


No Museu é possível ficar a saber mais sobre os ciclos do vinho, do linho, do pão e do azeite. Antigos instrumentos, engenhos e alfaias agrícolas, estão presentes no espaço museológico, além de outros elementos que auxiliam a compreender como eram desenvolvidas estas atividades que fazem parte integrante da nossa história e da nossa vida.
“O Museu resulta de uma doação do Sr. Américo Ferreira Leite ao Municipio de Felgueiras que tivemos de preservar. É, no fundo, um espaço museológico único no concelho e dos melhores da região. Este Museu reflete o investimento que temos feito na área da cultura e o atraso na sua abertura teve a ver com a necessidade de o tornar acessível a todos”, começou por dizer o presidente da Câmara de Felgueiras, Nuno Fonseca, na inauguração do Museu Casa do Assento.
“Reflete o nosso passado com referências ao ciclo do pão, do azeite, do vinho e do linho. Tudo isto faz parte do legado que nos deixaram, é parte da nossa história, que está aqui e convido todos os felgueirenses a passar pelo Museu para apreciarem o que ele tem para oferecer”, disse ainda Nuno Fonseca.


Manuel Portela, amigo de Américo Ferreira Leite, definiu-o como um homem “de grande cultura, que sabia de história e tinha uma grande paixão pelo Museu”.
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Américo da Cunha Ferreira Leite nasceu em Friande, em 1935, no seio de uma família numerosa. Apesar de os irmãos terem partido para o Brasil, Américo Ferreira Leite permaneceu na sua freguesia natal, onde concluiu a instrução primária. Em 1961 mudou-se para o Porto, onde trabalhou na Escola Académica como vigilante. Em 1976 regressa a Friande a fim de acompanhar os seus pais na velhice, apoiando-os nos trabalhos agrícolas e na gestão da Casa do Assento e dos terrenos anexos. Investiu na indústria, e, mais tarde, os lucros, permitiram dar asas à sua paixão pela etnografia e pela museologia, criando um museu, em 1993. Doou o espaço à autarquia para que ali nascesse um novo museu para preservar a memória da ruralidade e das atividades agrícolas da região.


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