A Câmara de Felgueiras registou um resultado líquido positivo de 10,7 milhões de euros, em 2024, o valor mais elevado de sempre nas contas municipais.
O Relatório de Contas foi aprovado pela Assembleia Municipal.
Segundo a autarquia, “as receitas municipais atingiram os 73 milhões de euros, com uma taxa de execução de 92,7%, representando um aumento de 10,8 milhões em comparação com 2023 e o investimento público ultrapassou os 20 milhões de euros, também um valor recorde no concelho”.
“Ao nível da dívida, Felgueiras amortizou mais do que contraiu, fixando o total da dívida bancária em 9,3 milhões de euros. As dívidas a fornecedores foram reduzidas para 860 mil euros, o valor mais baixo de sempre. O Município mantém ainda uma margem disponível para endividamento de 19,9 milhões de euros”, prossegue a Câmara.
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“Desde 2017, os indicadores financeiros têm vindo a evoluir positivamente. O ativo municipal passou de 182 para 228 milhões de euros, enquanto o passivo foi reduzido de 49 para 29 milhões. O património líquido aumentou de 133 para 198 milhões de euros, refletindo uma valorização consistente dos ativos e uma gestão orientada para o equilíbrio financeiro”, diz ainda a edilidade.
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O estado das contas públicas mereceu elogios do PS Felgueiras. “Estamos muito satisfeitos com os excelentes resultados financeiros da nossa autarquia. A boa gestão, o rigor e a responsabilidade permitiram à Câmara Municipal apresentar contas sólidas, equilibradas e com provas dadas de investimento nas pessoas e no concelho”, diz uma nota de imprensa dos socialistas.
Já o PSD Felgueiras, que participou, sob protesto, na Assembleia Municipal realizada na passada segunda-feira, uma vez que a maioria não quis adiar a reunião, e esta teve de se realizar “às escuras” e “sem condições”, votou contra a Prestação de contas de 2024 “porque o orçamento inicial para 2024, aprovado em novembro de 2023, partiu de uma base de 88.911.194,00 euros. Houve ao longo do ano, diversas alterações orçamentais, que ajustaram em baixa o orçamento em cerca de 11% (-10.151.584,67€) e, diz aquele partido numa nota oficial, “havia margem para baixar a derrama e devolver IRS, as empresas pagaram mais 26% de impostos e a despesa corrente aumentou em média 10% ao ano, cerca de 40% em 4 anos”.
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O PSD local considera que ao nível do endividamento, “a amortização dos empréstimos foi de 902.240€, mas a diminuição é ilusória, uma vez que foi contratualizado um novo empréstimo de 8 milhões euros que, estrategicamente, será utilizado no ano de 2025. O Município está dependente de receitas extraordinárias para abater a dívida e obter resultados positivos”.
Além de críticas ao “abandono” da Estratégia local de habitação, o PSD refere ainda que em dois mandatos a Câmara contratou mais 202 trabalhadores.
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