Número de famílias com pedido de habitação social aumentou exponencialmente

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Mas, os problemas são mais profundos num concelho onde não há oferta e os preços praticados no imobiliário são exorbitantes.

O número de famílias que solicitou habitação social à Câmara Municipal de Felgueiras aumentou significativamente em dois anos.

Passou de 134 para 454.

O diagnóstico das carências habitacionais do concelho foi feito pela Câmara Municipal de Felgueiras, em colaboração com várias entidades da área social.

A estratégia local de habitação indaga sobre pessoas que vivem em situação indigna.

Os números foram revelados na Assembleia Municipal de quinta-feira por Rosa Maria Pinto, Vereadora da Ação Social que explicou a intenção da autarquia avançar para a revisão da Estratégia local de habitação devido à “atual conjuntura”.

A autarquia avançou para a aquisição de 37 fogos, mas pretende avançar para uma fatia maior, com financiamento do PRR.

Especulação imobiliária é “gritante”

A situação do parque habitacional em Felgueiras é preocupante. A oferta é muito menor que a procura, sendo essa uma das causas, mas não é única, identificada no concelho onde encontrar uma casa é tão difícil como acertar nos números do Euromilhões. O imóveis para venda são poucos e os valores assustam. O arrendamento de habitações “ultrapassa os limites da insensatez”.

O problema agrava-se com a presença de centenas de emigrantes no concelho oriundos de vários países, muito deles a habitar “aos molhos” em casas, onde os senhorios “arrecadam centenas de euros por mês”.

É uma mistura de “aproveitamento, insensibilidade e ganância dos proprietários”, disse ao Felgueiras Diário um especialista na matéria que solicitou anonimato.

“Muitos estão a notificar as pessoas para sair das casas arrendadas com o objetivo claro de atualizar as rendas. Nalguns casos passam para o dobro. Muitas pessoas por medo ou porque não procuram ajuda, acabam por cair em verdadeiras ilegalidades, ou então, quando a decisão está dentro da lei, têm de procurar casa e aí começam as dores de cabeça porque se encontrarem vão pagar um valor proibitivo”, revelou um causídico que tem sido contactado com vários casos, defendendo os inquilinos.

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